terça-feira, 14 de junho de 2011

Projeto Florestas Ciliares - Copel

 A Copel em 2006 criou o projeto Florestas Ciliares, afim  de que houvesse a recuperação  das florestas e dos ambientes que cercam os seus reservatórios.
 O projeto visa que através  do reflorestamento, o ambiente posso retornar a sua verdadeira funcionalidade ecológica, tanto protegendo o solo e a água, quanto condicionando o habitat para os animais. Atualmente já são mais de 612 mil mudas plantadas em volta dos muitos reservatórios  da empresa,entre eles os de Apucaraninha,governador Pedro Viriato Parigot de Souza,governados Ney Braga,entre outros.
 A execução do projeto pode ser justificada pelo cumprimento de uma lei do Código Florestal, esse que vem estado em constante perigo devido à visão inviável de muitos ruralistas.

Instituto Estre - Responsabilidade ambiental

 O Instituto Estre foi criado em 2006,e por meio da educação ambiental visa estimular a preservação do meio ambiente, conscientizando pessoas  sobre a correta gestão dos resíduos gerados pelo homem.
 Seus projetos são vários e direcionados a educadores e educandos do Ensino Infantil ate o ensino médio. Existem oficinas pedagógicas que levam os participantes a refletir sobre o consumo de bens e sobre os resíduos que isso gera atividade didáticas para estudantes entre 5 e 7 anos,nas quais usam teatros interativos abordando assuntos das oficinas,também existem espaços para educadores acadêmicos e ate especialistas trocarem experiencias,fazerem workshop e encontros afim de que melhorem suas técnicas até aprimorarem seus conhecimentos.
 O Instituto Estre também apoia o reflorestamento urbano produzindo e doando aproximadamente 80 mil mudas por ano.
No site oficial (www.institutoestre.com.br) você pode conferir mais do que o instituto faz e pode ate solicitar mudas através do programa de reflorestamento urbano.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Não adianta mais pronunciar belos discursos. O tempo lá fora não para e a destruição segue seu ritmo cada vez mais voraz a consumir as entranhas da terra, a pureza dos rios, a fertilidade dos solos, a vida das espécies vegetais e a existência de inúmeros animais.
Se não pararmos as máquinas que devastam, o desperdício que inutiliza, as ações que consomem desmesuradamente e a violência que agride o ambiente... Corremos o sério risco de sermos os próximos na lista de animais em extinção...

Lugar de lixo é no lixo
'Durante uma operação, a polícia ambiental descobriu mais de seis mil araucárias cortadas em uma fazenda em Paulo Frontin, perto de União da Vitória, na região Sul do estado do Paraná. O dono da fazenda disse que pretendia criar gado no terreno desmatado'.
Desenhei a marca de cima em 2006 para o Grupo de Proteção das Araucárias Viva a Floresta, hoje tive que fazer um triste redesign."
Marcos Minini

Legislaçao é incapaz de conter o desmatamento: o exemplo da Araucária

"  Araucaria angustifolia, também conhecida como pinheiro brasileiro, araucária ou pinho do Paraná representa mais de 40% dos indivíduos arbóreos da Floresta Ombrófila Mista (FOM), um dos mais exuberantes ecossistemas brasileiro, apresentando valores de abundância, dominância e freqüência bem superiores às demais espécies componentes desta associação. Neste ecossistema, a A. augustifolia ocorria naturalmente numa extensão de 200.000 mil Km2 entre a região sul e sudeste do Brasil, cobrindo, originalmente, 40% do estado Paraná, 31% de Santa Catarina, 25% do Rio Grande do Sul, e com manchas esparsas no sul de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esta importante condição fitossociológica torna a araucária espécie referência da FOM. Por essa razão os estudos devem se concentrar nesta espécie pioneira de modo que os resultados encontrados podem ser extrapolados para todo o ecossistema.
  Em termos históricos, a exploração da araucária foi mais intensa a partir de 1934, atingindo seu auge no período de 1950 a 1970. Até a década de 70, ela foi o principal produto brasileiro de exportação na área florestal, respondendo com mais de 90% da madeira remetida para fora do país. Além da sua relação de proximidade com o desenvolvimento do Brasil, houve tempos em que os produtores rurais tinham orgulho de ensinar aos seus filhos a plantar e a manter vários exemplares nas suas propriedades. O produtor sempre foi, na sua grande maioria, um preservador natural desta espécie e não o vilão de sua devastação como erroneamente se coloca hoje. Os grandes cortes desta espécie aconteceram no passado e foram impulsionados pela qualidade da madeira e pela facilidade de se obter matéria prima para o desenvolvimento deste país. Devemos mencionar, inclusive, a importância dessa matéria-prima na construção de Brasília.
  Atualmente, sua devastação esta ligada a um total desconhecimento da sua variabilidade genética e a políticas públicas punitivas e preconceituosas com aqueles que sempre tiveram orgulho em preservar a espécie, mas que hoje, diante da legislação vigente, e por uma questão de sobrevivência, preferem não se envolver com a araucária. Como a espécie está colocada na lista de extinção, o produtor além de não poder aproveitar economicamente a extração de seus frutos (como o pinhão, por exemplo), ainda corre o risco de ter sua área declarada área de conservação. Diante deste quadro, ela perdeu totalmente sua sustentabilidade, que é a maneira mais barata e sensata de se proteger uma espécie.
  Essa realidade precisa ser revertida porque compromete a preservação de uma das espécies florestais com maior potencial produtivo e econômico (papel, palito de fósforo, artesanato, ecoturismo, agronegócio, paisagismo, móveis, alimentação) do Brasil, mas que, infelizmente, não pode ser aproveitada por conta de uma lacuna a ser preenchida na legislação atual.
  O cenário atual revela que as unidades de conservação existentes não estão sendo eficazes no cumprimento de suas funções, seja pela falta de regularização fundiária ou por carência de pessoal capacitado, ou até mesmo pelas precárias condições das instituições que deveriam zelar pela sua conservação. Aliado ao problema da legislação, a situação é ainda mais séria quando se avalia a mudança de comportamento cultural da população, que na atualidade, veem a araucária como uma praga e não como fonte de rentabilidade para sua propriedade.
  A Araucária foi colocada na lista de espécies em extinção para supostamente ser protegida e para disciplinar a conservação e o uso do bioma da mata atlântica e seus ecossistemas, uma vez que não existiam critérios técnicos cientificamente embasados sobre a situação da espécie. Esta medida foi um verdadeiro tiro no pé, com as instituições públicas brasileiras insistindo em tentar reverter o desmatamento através de políticas repressoras, o que historicamente não funcionou em nenhum país onde estas medidas foram tomadas.
  Para reverter este quadro é necessário cumprir com a Resolução nº. 317 do CONAMA que determina a elaboração de um plano Estadual, devidamente registrado no órgão ambiental competente para adequar a legislação vigente, e fixar critérios técnicos, cientificamente embasados que irão garantir a sustentabilidade da exploração comercial da espécie e ao mesmo tempo a manutenção da diversidade genética das populações, servindo de base para nortear políticas públicas e desenvolver estratégias de conservação e uso sustentável da espécie.
  Esse estudo passa a ser instrumento indispensável para sobrevivência da espécie porque irá permitir que ela se torne auto-sustentável. Além disso, acredito que tal expediente deve ser combinando estratégias de conservação in situ e ex situ auxiliado por ferramentas moleculares. A conservação in situ permite preservar e estudar esta espécie no seu ambiente natural, formando um elo importante entre seus principais remanescentes. A conservação ex situ, por sua vez, é aconselhável porque ela pode garantir a sobrevivência da espécie e preservar a variabilidade genética existente nos fragmentos onde a conservação in situ não está garantida.
  No entanto, para reverter o quadro calamitoso em que se encontra a Araucária, ações rápidas de governo devem ser executadas paralelamente, como por exemplo: liberar o plantio comercial da espécie em áreas de agricultura, facilmente delimitadas pelo georeferenciamento via internet e de domínio público. Para melhorar o controle sobre as áreas liberadas para plantios comerciais, que não podem sobrepor às áreas de conservação, cabe ao estado disponibilizar imagens de satélite com alta resolução, dentro do bioma, que sofrem mais pressão antrópica e disponibilizar para o controle público as áreas onde os plantios estão liberados. Com ações neste sentido teremos a população como parceira na conservação do nosso patrimônio florestal e participando justamente dos lucros e benefícios de possuir ecossistemas com tanta biodiversidade e que devem ser sustentavelmente utilizados para melhorar a qualidade de vida da nossa gente."
Paula Rachel Rabelo Corrêa - Bióloga geneticista. Atualmente, faz doutorado na UFPR/ Embrapa Florestas na área de melhoramento florestal, com ênfase na seleção de resistência patógeno/hospedeiro. É sócia da Biogenomika Tecnologia em DNA, empresa incubada na UFPR.

Aquecimento pode aumentar tamanho de aranhas carnívoras

"Um grupo de cientistas dinamarqueses decidiu determinar se o aquecimento global poderia tornar maiores as aranhas-lobo, uma espécie carnívora e peluda que vive no nordeste da Groenlândia, já que verões mais longos significariam uma temporada de caça mais extensa. A espécie, Pardosa glacialis, não é muito conhecida e costuma ter comprimento da ordem de 4 cm de acordo com Toke Hoye, da Universidade de Aarhus, Dinamarca, um dos co-autores do estudo.
As aranhas podem viver por até dois anos e os pesquisadores constataram que, nos anos em que a primavera começa mais cedo, os animais tendem a crescer mais, em média. Por exemplo, quando a primavera chega 30 dias mais cedo do que a data costumeira, algumas aranhas desenvolvem exoesqueletos que podem ser 10% mais espessos do que a média, o que resulta em corpos maiores. Nos anos mais frios, por outro lado, foi constatada uma redução no exoesqueleto."
National Geographic-15 de maio de 2009

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como o aquecimento global vai afetar o Brasil

   As mudanças climáticas já se impõem como um dos principais desafios para o Brasil no século XXI. O recente consenso científico sobre o impacto do aquecimento global aponta obstáculos que o país tem de começar a enfrentar desde já. Caso contrário, as conseqüências podem ser devastadoras. Uma boa comparação é o estado febril em uma pessoa. Um aumento de 2 graus Celsius provoca várias perturbações no funcionamento do organismo humano. Os batimentos cardíacos ficam mais lentos e a transpiração aumenta. Se a elevação for de 5 graus, torna-se grave. Com uma febre de 42 graus, como na malária, a pessoa sofre convulsões. Pode até morrer. Com o planeta, acontece algo semelhante. Segundo os cientistas, se a temperatura sobe 2 graus, sistemas de chuvas e secas já se alteram, mas as formas de vida que conhecemos ainda conseguem se adaptar. Com uma elevação de 5 graus, o clima da Terra entra em colapso. Isso exterminaria a agricultura e a pecuária em boa parte das zonas tropicais, inundaria cidades litorâneas e tornaria freqüentes os furacões em quase todos os oceanos, inclusive o nosso Atlântico Sul.
    Esse cenário preocupante é resultado de uma alteração na atmosfera da Terra. Um conjunto de gases - principalmente o carbônico - regula a quantidade de calor do Sol absorvida pela Terra. A queima de combustíveis fósseis e das florestas vem lançando quantidades inéditas desses gases na atmosfera. Hoje, sua concentração é duas vezes maior que s a dos últimos 650 mil anos. Nesse intervalo de tempo, a Terra atravessou meia dúzia de eras glaciais e esquentou entre elas. Mas o calor que virá agora pode ser maior que o de qualquer desses períodos. O aquecimento já começou. Em 1905, quando a atividade industrial era menor, a temperatura média do planeta era de 13,78 graus Celsius. Hoje, está em torno de 14,50 graus. Até o fim do século, vai crescer para algo entre 16,50 e 19 graus - numa estimativa conservadora.
    O prognóstico oficial sobre as conseqüências práticas de um mundo mais quente será divulgado na semana que vem por um painel de cientistas, o IPCC. Coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ele concentra uma elite de 2.500 dos principais pesquisadores de mudanças climáticas. Esse comitê, formado em 1988, atualiza as informações sobre o clima e suas conseqüências. Ele avalia milhares de estudos e deles extrai o que há de consenso científico. No início de fevereiro, o IPCC divulgou as previsões sobre aumento de temperatura da Terra. Na semana que vem, um grupo de pesquisadores representantes dos 130 países que integram o painel, reunidos em Bruxelas, na Bélgica, vai descrever como essas mudanças climáticas afetam cada país.
    O Brasil deverá sofrer bastante. Estudos realizados por pesquisadores nos últimos meses já revelam o que pode acontecer com nosso país. ÉPOCA ouviu 12 dos principais cientistas que descrevem os impactos sobre nossa geração e a de nossos filhos. Não são previsões infalíveis. Se há praticamente consenso sobre a gravidade do aquecimento global, os cientistas divergem ao especular sobre seus impactos (leia a reportagem à página 72). Apesar do grau de incerteza, essas pesquisas vão nortear as adaptações necessárias para sobrevivermos nesse novo mundo. A seguir, apresentamos as principais ameaças ao Brasil e um levantamento inédito do que deve ser feito para reduzir seu impacto.

Juliana Arini - Revista Época 09/04/2008 - 20:00 | Edição nº 463